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SEGURANÇA DO TRABALHO: TRABALHO EM ALTURA


Afinal, o que é trabalho em altura? Quais cuidados devemos tomar com este tipo de atividade?

Cada vez mais temos sido cobrados por zelar pelo patrimônio do cliente e daqueles que estão executando a obra. Em particular, nas obras de interiores e de pequeno porte, é onde temos o maior índice de negligencia quanto à segurança do trabalho. Isso acontece pelo fato de serem obras mais rápidas, com maior dificuldade de acesso, menor visibilidade e que muitas vezes o cliente não contrata um responsável técnico para “tentar” economizar (lembre-se que o barato muitas vezes pode sair caro).

Dentro da área de segurança do trabalho uma das atividades que mais chamam a atenção por falta de zelo, são aquelas realizadas em altura, ou seja, quando o trabalhador se encontra acima do nível do piso (ou do solo). Por isso neste post vamos falar um pouco sobre a Norma Regulamentadora Nº 35 do Ministério do Trabalho. NR-35: TRABALHO EM ALTURA.

Para iniciar a conversa, você sabe a partir de qual altura devemos nos precaver? De acordo com a NR é a partir de 2 metros do nível inferior, entretanto, se você for ler este item, a norma não especifica a partir de qual ponto do nosso corpo deverá ser considerado... Se é do pé, da cintura ou da cabeça. Neste caso, é fundamental usarmos o bom senso e partirmos para a prevenção, assim, devemos considerar sempre a partir do pé.

Aproposito... Não vem e nem se deixe levar por aquele papinho: “Nunca aconteceu comigo”, ou ainda, “sempre fiz assim”.

Deste modo, qual é a responsabilidade do empregador? E do empregado?


Para que o trabalhador seja considerado apto a laborar a atividade em altura, de acordo com a NR-35 o mesmo deve ter realizado o curso de trabalho em altura com uma carga horária não inferior a 8 horas (bianual – 2x ao ano), ter sido aprovado no treinamento teórico e prático (curso este que deve ser comprovado mediante certificado) e possuir plenas condições de saúde.

Em obras de pequeno porte e até de médio porte, é usual que se utilizem escadas e andaimes de ferro e de madeira (normalmente gesseiro utilizam os “andaimes” de madeira) para trabalhos mais altos, deste modo, abaixo vamos dar um pouco mais de atenção às escadas e andaimes comuns, acompanhe conosco:

ESCADAS


utilizacao-de-escada-seguranca

Pode parecer que não, mas escadas trazem um grande risco para nós e para os nossos funcionários. É muito importante observar como está sendo armazenada e manter sempre em boas condições de uso... Pintar, conferir se os degraus estão ok e se possui aquela borracha no início dela para evitar que escorregue. Os principais erros que sempre observamos são:

1- Falta da borracha ante derrapante;

2- Apoiar a escada sobre outros objetos;

3- Não ultrapassar o nível que deseja subir com pelo menos 1,0m (ver item 1 da imagem anterior a imagem a seguir);

4- Não deixar a escada em um ângulo de 65º-75º;

5- Não realizar manutenção preventiva;

6- Não amarrar a escada no topo para evitar ela de tombar.


Então fiquem atentos!! Escada é um item fundamental em todas as obras, e que traz grande risco de acidente por parecer inofensivo quando o local não é muito alto.

 

Trazendo para o nosso dia-a-dia, na minha terceira obra como engenheiro civil houve um acidente com o engenheiro responsável pela construtora. A obra aconteceu na cidade do Rio de Janeiro em 2014. Estávamos tomando café da manhã para discutir sobre a obra em uma confeitaria próxima a obra e fiquei para pagar a conta. Entre o tempo de pagar a conta e chegar até a obra, o engenheiro havia caído da escada e estava sentado em uma cadeira com muita dor.

O engenheiro subiu no mezanino para conferir um serviço, e ao descer, a escada escorregou e ele caiu em meio à entulhos e ferramentas, por sorte não bateu a cabeça porque caiu em pé, porém, trincou o cóccix, ficando meses debilitado, precisando de ajuda para comer, andar e tomar banho... Sem contar o incomodo de ir para o hospital de ambulância e a dor que sentiu durante todo o processo de calcificação do osso da coluna... Tudo por falta de cuidado e atenção.

Aproposito... o mezanino tinha cerca de 3 metros de altura apenas.

 

ANDAIMES DE FERRO

Um outro item muito comum e um pouco menos perigoso do que uma escada, são os andaimes... Claro, tudo é relativo, se o andaime tiver 15 metros, será muito mais perigoso do que uma escada de 3 metros.

Hoje é comum locarmos ou comprarmos andaimes com todos os itens de segurança necessários... Escada, guarda corpo, rodapé, travas e plataformas, porém, como é de praxe, muitos colaboradores não colaboram e utilizam sem os itens de segurança... E ainda para piorar, muitas vezes transitam com o andaime com gente em cima do mesmo, por preguiça de descer, empurrar e subir novamente.

A imagem a seguir traz uma imagem de um andaime completo para vocês:


Além dos métodos de trabalho em altura citado anteriormente, não podemos deixar de mostrar alguns outros métodos não tão comuns em obras deste porte, entretanto, em obras de grande porte também se tornam de extrema importância.


Para finalizar, uma curiosidade... Você já viu aquelas bandejas colocadas ao redor de prédios em construção? Então, é um dos itens de proteção coletiva. A bandeja evita que objetos caiam nas pessoas que estão passando nos níveis inferiores, como por exemplo massa de reboco... Caso um pedreiro esteja realizando o reboco (“rebocando”) a área externa de um edifício, é possível que caia massa. Imagine... Além de sujar o indivíduo, a massa causa um impacto que pode de fato machucar!

E você? Tem cuidado da sua obra? Tem cuidado do seu funcionário (mesmo que seja empreita)?

Não se esqueça, o dono da obra também sempre é responsável por tudo que nela acontece, juntamente com o responsável técnico pela execução da mesma.

Caso queira conhecer um pouco mais das medidas preventivas, realizar um treinamento ou ainda executar sua obra com segurança, venha nos fazer uma visita sem compromisso e conhecer nosso escritório!

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Escrito por: Carlos Alberto Machado, Engenheiro Civil formado na UniFil, em 2013. Pós-Graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho. E-mail: carlos@aegrupo.com.br

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