As piscinas são elementos arquitetônicos muito atrativos para uma obra proporcionando lazer e conforto aos seus usuários, seja com água fria (temperatura ambiente) ou aquecida. De um modo geral, as piscinas são construídas aterradas no solo, ou seja, remove-se um determinado volume de terra para que seja construída a piscina no local, deixando o nível d’água usualmente ao nível do piso.
Figura 1 - Corte transversal de uma piscina genérica. Fonte: Adaptado de http://ew7.com.br/projeto-arquitetonico-com-autocad/index.php/tutoriais-e-dicas/143-modelo-de-projeto-arquitetonico-de-um-sobrado-com-piscina.html acessado em 23 de Março de 2017.
Apesar dos diversos benefícios trazidos com o advento de uma piscina na obra, vários fatores pendem para o lado negativo de uma estrutura deste porte.
Desse modo, custos de manutenção e conservação, utilização sazonal (apenas no verão, para piscinas sem aquecimento), perigo de afogamento com crianças pequenas sem supervisão adequada, elevado custo de energia elétrica para manter bombas e filtros em pleno funcionamento, limpeza da água e das superfícies e, inclusive, o custo de construção demonstram, entre outros exemplos, como as piscinas podem representar um verdadeiro prejuízo ao proprietário.
Figura 2 - Piscina com problemas estruturais e de infiltração. (Fonte: GrupoAE, Janeiro de 2017)
ESTUDO DE CASO (SIMPLIFICADO)
Mudança de uso de uma edificação, a falta de manutenção ou abandono de uma piscina proporcionam uma atmosfera adequada para a redução de sua vida útil e proliferação de vetores. Em outras palavras, quanto menos se mantém em funcionamento uma piscina, mais cara será para reativá-la e mantê-la.
Entre diversas soluções para um futuro adequado desta piscina apresentada na Figura 2 ofereceu-se 4 opções. São elas:
Reparos estruturais e de impermeabilização (R$ 42.464,40)
Construção de um Deck de madeira sobre a piscina (R$ 27.500,00)
Revestir a piscina com lona vinílica (R$ 25.520,00)
Demolição e aterramento (R$ 18.132,00)
Destaca-se que as opções 1, 2 e 3 são opções menos radicais comparação com a opção 4, que demole toda a piscina, em contrapartida, as 3 primeiras opções proporcionam uma manutenção constante, logo mais custos mensais. Com o objetivo de sanar o problema dos custos, optou-se pela demolição e aterramento da piscina, finalizando com o plantio de gramado.
Figura 3 - Demolição do fundo da piscina para escoamento de águas pluviais. (Fonte: GrupoAE, Janeiro de 2017)
Inicia-se com a demolição da base de concreto armado reforçado com o objetivo de drenar as águas pluviais, ou seja, provenientes das chuvas. A demolição é manual com o auxílio de um rompedor de concreto.
Neste caso, o entulho gerado é considerado “Classe A”, de acordo com a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA), e, portanto, pode ser aterrado, reduzindo o volume de terra.
As paredes de concreto armado são mantidas para dar estabilidade ao aterro que será criado.
Figura 4 - Aterramento finalizado. (Fonte: GrupoAE, Janeiro de 2017)
O aterramento é simples e rápido. Despeja-se os maciços de terra na piscina parcialmente demolida e aterra-se com o compactador de solo (conhecido popularmente como “sapo”), com o objetivo de reduzir os vazios do solo, ou seja, remanescentes de água e ar entre os grãos de terra. Observa-se que, mesmo com a compactação mecânica executada adequadamente, a terra deve demorar alguns meses para estar plenamente compactada, portanto o gramado pode recalcar (abaixar) alguns centímetros, mesmo depois de finalizado.
Figura 5 - Etapa final: Plantio da grama. (Fonte: GrupoAE, Janeiro de 2017)
Escrito por: Marcio Meranca Almeida Machado, Engenheiro Civil formado na UniFil, em 2013. Pós-Graduado em Gestão de Projeto e Técnico em Transações Imobiliárias. E-mail: marcio@aegrupo.com.br
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