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PATOLOGIAS MAIS COMUNS EM SISTEMAS PREDIAIS HIDRÁULICO-SANITÁRIOS


Neste post iremos citar algumas das patologias mais comuns em Sistemas Prediais Hidráulico-Sanitários, onde para muitos geram uma grande dor de cabeça porem na verdade são detalhes que podem ser reparados tranquilamente.

PROBLEMAS EM VÁLVULAS DE DESCARGA

Primeiramente, independendo da válvula de descarga que é necessário ser realizado a correção da patologia, a mesma deve ser realizada conforme orientações do fabricante.

Os problemas mais comuns encontrados nas válvulas de descarga são:

  1. Vazão insuficiente;

  2. Vazão excessiva;

  3. Tempo de fechamento muito curto (golpe de aríete) ou muito longo (desperdício de água);

  4. “Disparo” da válvula;

  5. Vazamento contínuo pela saída (quando fechada) ou pelo botão de acionamento (fechada ou aberta);

Dos problemas citados acima, o item e) é o que ocorre com maior frequência.

Para a correção dos itens citados, normalmente uma simples regulagem ou troca do “reparo” (mola e vedações internas) já são suficientes para resolver os problemas.

DICA: Sempre verifique o diâmetro da válvula a ser reparada antes de realizar a compra do reparo. Os diâmetros comumente são:

  • 1 ½” para pressão de 2 a 8 metros de coluna d’água;

  • 1 ¼” para pressão de 8 a 20 metros de coluna d’água;

  • 1” para pressão de 20 a 40 metros de coluna d’água;

Dos itens comumente encontrados nas válvulas de descarga, logo abaixo vou relacionar outras patologias que podem ocorrer nas válvulas sendo algumas já citadas com suas causas prováveis e correção.


VÁLVULAS DE DESCARGA:  Problemas, Causas e Soluções

Fonte: Adaptado de CARVALHO JÚNIOR, Roberto de. Patologias em sistemas prediais hidráulico-sanitários. 2. ed. São Paulo, 2015

RUÍDOS E VIBRAÇÕES NAS INSTALAÇÕES

Os moradores em suas habitações, usualmente em edificações verticais (prédios), sofrem muito com este problema de patologia, principalmente durante o período noturno quando seria o momento de possuir o silêncio por tempo maior. O incomodo com os ruídos nas instalações hidráulicas é excessivo.

Uma das principais ocorrências das vibrações e emissões dos ruídos, causadas principalmente em edificações antigas, é o “golpe de aríete”. Ela se ocasiona quando a água ao fluir com muita velocidade pela canalização é bruscamente interrompida.

Para um modo geral, a transmissão dos ruídos em instalações prediais de água fria esta associada a edifícios altos e instalações pressurizadas.

A solução para amenizar esse problema é utilizar válvulas de descarga e registros com fechamento mais suave e limitação de velocidade nas tubulações.

Em prédios, o uso da caixa acoplada é muito comum, pois além de consumir menor volume de água eles não provocam o “golpe de aríete”.

Erros de projeto também ocasionam estes ruídos, pois os mesmos são projetados em paredes em ambientes com maior exigência de ocupação. A distribuição dos cômodos durante o projetar é um quesito de fundamental importância.

RETORNO DE MAU CHEIRO DO ESGOTO

Uma das incidências bem comuns de se encontrar é o retorno de mau cheiros provenientes das instalações de esgoto. Os gases devem ser contidos nas próprias tubulações ou lançadas na atmosfera, traves das tubulações de ventilação.

Os indícios do causador de maus cheiros são:

O Rompimento de Desconectores:

Desconector é um dispositivo dotado de fecho hídrico, destinado a vedar a passagem de gases no sentido oposto ao deslocamento do esgoto.

Os dois tipos mais comuns são: Sifão e Caixa Sifonada

O rompimento de desconector pode ocorrer quando:

  1. Ocorre o rompimento de fecho hídrico de sifão ou de caixa sifonada por evaporação, autossifonagem ou sifonagem induzida;

  2. Ausência de plugue para a inspeção no ralo sifonado;

  3. Ausência de anel de vedação na saída da bacia sanitária;

  4. E, o rejunte da bacia sanitária em péssimo estado conservativo, ou, se deteriorando;

A causa do mau cheiro nesses dois tipos é devido à falta de água ou o entupimento do mesmo. No sifão, deve-se deixar a curva com o famoso “S”, pois ele com agua, impedirá do mau cheiro retornar.

Saída da Bacia Sanitária com Ausência ou Vedação Inadequada:

Deve-se verificar a junta entre a saída da bacia sanitária com a tubulação de esgoto. Será necessário instalar uma vedação para a saída da vedação ou um anel de vedação causo se encontre incorreta.

Caixa de Inspeção e de Gordura com Vedação ineficiente:

As tampas normalmente são as causadoras dos maus cheiros de esgotos, a sua vedação em si. Estamos falando das caixas tradicionais, as construídas de alvenaria ou de concreto, pois com o passar dos tempos, trincas ou quebras em suas tampas vem a acontecer liberando frestas para o mau cheiro.

A melhor solução é substituir por modernas caixas múltiplas.

Ventilação de Esgoto com Ausência ou Incorreta Instalação:

A ventilação de esgoto tem sua função proteger os fechos hídricos dos desconectores de romperem por aspiração (vácuo) ou compressão (pressão) e encaminhar os gases para a atmosfera.

Toda instalação de esgoto deve ser ventilada através de um tubo ventilador para possibilitar a entrada de ar da atmosfera para seu interior.

O tubo de ventilação em edificações com um ou mais pavimentos, deve-se estar localizada no mínimo 30 cm acima do telhado ou da laje de cobertura.

A coluna de ventilação deve ser sempre na vertical e sempre que possível, ser instaladas em uma única prumada. Possuindo diâmetros uniformes, sendo adotadas em residências com diâmetros de 50 mm e em edifícios com mais de dois pavimentos, o mínimo de 75 mm.

RETORNO DE ESPUMA

Umas das clássicas patologias, o retorno de espuma nas instalações de esgoto, comumente em apartamento do 1º e 2º pavimento das altas edificações, ocorre por causa da sobrepressão.

Deve-se verificar se as ligações dos ramais de esgoto da máquina de lavar roupa com as colunas estão nas áreas de sobre pressão.

As áreas de sobrepressão estão definidas no item 4.2.4.3 da NBR 8.160 – Figura 1 (zona de sobrepressão)


Zonas de Sobrepressão

Figura 1 – Zonas de Sobrepressão.

Fonte: ABNT NBR 8160 – Sistemas prediais de esgoto sanitário – Projeto e Execução

De acordo com a referida norma, são considerados zonas de sobrepressão:

  1. O trecho, de comprimento igual a 40 diâmetros, imediatamente a montante do desvio para horizontal;

  2. O trecho de comprimento igual a 10 diâmetros, imediatamente a jusante do mesmo desvio;

  3. O trecho horizontal de comprimento igual a 40 diâmetros, imediatamente a montante do próximo desvio;

  4. O trecho de comprimento igual a 40 diâmetros, imediatamente a montante da base do tubo de queda, e o trecho do coletor ou subcoletor imediatamente a jusante da mesma base;

  5. Os trechos a montante e a jusante do primeiro desvio na horizontal do coletar com comprimento igual a 40 diâmetros ou subcoletor com comprimento igual a 10 diâmetros;

  6. O trecho da coluna de ventilação, para o caso de sistemas com ventilação secundária, com comprimento igual a 40 diâmetros, a partir da ligação da base da coluna com o tubo de queda ou ramal de esgoto;

O retorno de espuma nos apartamentos pode ser solucionado de diversas formas.

Primeiramente, um fator que ocorre grande pressão nas tubulações é quando a ligação do ramal das lavanderias (áreas de serviços) esta próxima ao pé da coluna.

Para se solucionar este retorno de espuma, deve-se desligar o ramal de esgoto do ralo sifonado do tubo de queda original e ligar em novo tubo de queda devidamente ventilado.

Algumas outras soluções contra o retorno de espuma:


Atenuação da mudança brusca de direção do escoamento líquido

Figura 2 – Atenuação da mudança brusca de direção do escoamento líquido.

Fonte: CARVALHO JÚNIOR, Roberto de. Patologias em sistemas prediais hidráulico-sanitários. 2. ed. São Paulo, 2015


Adoção de caminho alternativo para escoamento de ar associado ao escoamento líquido na base do tubo de queda (conhecido como jump)

Figura 3 – Adoção de caminho alternativo para escoamento de ar associado ao escoamento líquido na base do tubo de queda (conhecido como jump).

Fonte: CARVALHO JÚNIOR, Roberto de. Patologias em sistemas prediais hidráulico-sanitários. 2. ed. São Paulo, 2015


Aumento da seção do subcoletor subsequente ao tubo de queda que receber os despejos do ralo sifonado, por onde se dá o retorno da espuma.

Figura 4 – Aumento da seção do subcoletor subsequente ao tubo de queda que receber os despejos do ralo sifonado, por onde se dá o retorno da espuma.

Fonte: CARVALHO JÚNIOR, Roberto de. Patologias em sistemas prediais hidráulico-sanitários. 2. ed. São Paulo, 2015


Instalação de tubo ventilador de alivio em local adequado na base do tubo de queda sujeito a sobrepressão ou no início do correspondente subcoletor.

Figura 5 – Instalação de tubo ventilador de alivio em local adequado na base do tubo de queda sujeito a sobrepressão ou no início do correspondente subcoletor.

Fonte: CARVALHO JÚNIOR, Roberto de. Patologias em sistemas prediais hidráulico-sanitários. 2. ed. São Paulo, 2015


Desligamento do ramal de esgoto do ralo sifonado do tubo de queda original e ligação em novo tubo de queda, devidamente ventilado, a ser instalado.

Figura 6 – Desligamento do ramal de esgoto do ralo sifonado do tubo de queda original e ligação em novo tubo de queda, devidamente ventilado, a ser instalado.

Fonte: CARVALHO JÚNIOR, Roberto de. Patologias em sistemas prediais hidráulico-sanitários. 2. ed. São Paulo, 2015

Caixa Sifonada: Retorno de Espuma

Retorno de espuma pela caixa sifonada é muito comum hoje em dia e isto pode ser tratado com um dispositivo chamado “antiespuma”, ele bloqueia o retorno do ralo ou caixa sifonada, permitindo a captação de água no local onde está instalado.

O retorno de espuma da caixa sifonada ocorre quando é lançado da agua servida da máquina de lavar roupas direta na caixa.

O bloqueio pelo “Antiespuma” acontece quando a espuma começa a ser escoado pela tubulação de entrada das caixas e ralos e tenta passar pela grela, sua borracha interna dobra e impede sua passagem.

 

Escrito por: João Vitor Hayashi Almeida Machado, Engenheiro Civil formado na Faculdade Pitágoras, em 2014. Cursando MBA em Gerenciamento de Projetos. E-mail: joao.vitor@aegrupo.com.br

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