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PATOLOGIAS: DESPLACAMENTO DE REBOCO E ARGAMASSAS


Neste post, trataremos de possíveis causas de destacamento, ou desplacamento, em argamassas de cimento.

A argamassa é o produto de uma mistura de diversos componentes à água. Os componentes típicos de uma argamassa na construção civil é o cimento, a areia e, em alguns casos, a cal. Ainda, pode-se adicionar aditivos químicos a fim de obter desempenhos diferenciados da argamassa comum, como capacidade impermeabilizante, tempo de secagem mais rápido ou mais demorado, elevação de resistência, dentre outros.

Apesar de todo o cuidado e experiência com técnicas já dominadas pelo homem há séculos, ainda é possível observar problemas nas argamassas em diversos tipos de aplicações, seja em fachadas, pisos ou tetos. Consiste um exemplo clássico o destacamento de argamassas em bases de alvenaria, tais como paredes, pisos, fachadas e guarda-corpos.

Este fenômeno denominado destacamento – ou desplacamento – é caraterizado pela ruptura de uma parcela do revestimento em relação ao todo, levando ao seu colapso localizado, ou seja, um trecho da argamassa (já seca) separa-se do substrato, deixando exposto local que estava aderido. Em alguns casos, como em prédios, esse problema pode afetar as fachadas e os acidentes podem ser fatais (queda de argamassa).

Algumas causas desse problema serão abordadas a seguir.

1. REJUNTAMENTO MAL EXECUTADO

A função do rejunte vai além da coloração e acabamento do piso ou revestimento cerâmico. A proteção da argamassa colante (de assentamento de piso) acontece, além de outros fatores, pelo rejunte, portanto deve-se sempre adotar o rejunte adequado para prevenir problemas relacionados ao destacamento desta argamassa e, por consequência, do revestimento cerâmico.


REJUNTAMENTO MAL EXECUTADO

2. MUDANÇAS BRUSCAS E CONSTANTES DE TEMPERATURA

Os materiais reagem à temperatura através da expansão (ao calor) e retração (ao frio). Expor a argamassa sem o devido preparo à este tipo de situação pode fazer com que seus poros comecem a sofre micro fissuras e, ao longo prazo, destacar-se da base de alvenaria. Sugere-se utilizar argamassas com aditivos específicos para situações como essa (aplicação em tijolos refratários, por exemplo).


MUDANÇAS BRUSCAS E CONSTANTES DE TEMPERATURA

3. EXECUÇÃO DE CAMADAS MUITO FINAS

Ao contrário do assentamento, em que são aplicadas à argamassa apenas forças de compressão, em rebocos (como fachadas) a argamassa sofre uma enorme tensão de cisalhamento, ou seja, de corte no sentido da sua aplicação. Sendo assim, no reboco deve-se aplicar uma camada pertinente de argamassa para revestir a parede.

Adotar uma espessura muito fina (menor que 1cm) pode ser fatal para que ocorra o devido destacamento da argamassa, pois sua resistência ao cisalhamento estará comprometida.


EXECUÇÃO DE CAMADAS MUITO FINAS

4. EXECUÇÃO DE CAMADAS MUITO ESPESSAS

Do mesmo modo que camadas muito finas tendem a gerar problemas, camadas espessas também podem representar a causa de desplacamento de reboco. Isso acontece quando a resistência da argamassa ao cisalhamento não suporta as cargas geradas por peso próprio que, dependendo da espessura pode chegar a 150 kg/m².


EXECUÇÃO DE CAMADAS MUITO ESPESSAS

5. CORROSÃO DE ARMADURAS

Os concretos, por definição, são argamassas com a presença de um agregado graúdo, como a brita e sua aplicação estrutural se dá com a presença de armaduras de aço. Por ser poroso, o concreto tem, em seu interior, a presença de ar que podem ser preenchidos com umidade.

Ar atmosférico acrescido à presença de umidade pode corroer o aço do concreto armado expandindo as barras e, por consequência, destacar a camada de cobrimento do concreto.

 

Escrito e adaptado por: Marcio Meranca Almeida Machado, Engenheiro Civil formado na UniFil, em 2013. Pós-Graduado em Gestão de Projeto e Técnico em Transações Imobiliárias. E-mail: marcio@aegrupo.com.br

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